Monday, March 20, 2006

Charles Dickens, Great Expectations (no Astor)

Pra quem gosta de novela, mas busca algo mais intelectualizado, esse eh o autor, esse eh o livro.
- Aah, eu adoro Dickens. Dentre os escritores ingleses de barba branca do seculo 19, eh o meu favorito... mas as obras traduzidas sao horrorosas viu, se for ler, leia o original
- Sei sei , jovem me ve um direto e uma empada de palmito... duas duas.

No livro o pobre vira rico, o rico fica pobre, parentes nao sao parentes, tudo assim, novelistico, repleto de coisas do passado conectados com diversos personagens, tramas, misterio, e no final revelacoes – tudo amarradinho. Li depois que ele, Dickens, publicava seus livros por capitulos, como uma novela mesmo. A turma ia comprando e acompahando a historia mensalmente - “ A seguir rascunhos do proximo capitulo”. Imagina vc esperar meses pra descobrir quem matou Odete Roitman.

- Acredito que Dickens tenha em Great Expectations, utilizado o humor como ferramente de analise e critica a sociedade de maneira muito mais enfatica do que como fez em Tale of Two cities
- Eh neh...Foi vc que pediu o filet do moraes ?
- Eh notorio que nesta obra, Dickens utiliza a refeicao, o ato de comer, como palco preferido para trasmitir essas criticas ao leitor. Sao minhas passagens favoritas...
- Mais chopp? Mais chopp?
- Antes desse livro, em Oliver twist, vc devem ter ouvido falar, o protagonista atravessa fases em sua vida de maneira quase que paralela as “expectations” de Pip.
- Me ve mais um direto e outro morrito

- A questao dos dois finais diferentes do livro, na minha opiniao, reflete um augustia do autor entre o real e o ideal...
- Jovem traz um, dois, tres cafes pra gente
- A conta tambem?
- Nao nao, soh cafe, que daqui a pouco a gente chama outro chopp.

1 Comments:

Blogger A. Lisboa said...

Pois é, tem coisa que não muda... lembro como fiquei abismada quando descobri isso dos folhetins. Era tudo igual, a família se reunia na sala, o pai de família lia o capítulo que saiu no jornal para a família ansiosa. Sempre às oito e meia, eu especulo.
Pobre Dickens, não encontra mais espaço entre nossos chopps, filés e paranóias. Quem sabe se tivesse um "plim-plim" quando a gente abrisse o livro?

2:49 AM  

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