Musicando a fabula
Primeiro a Fabula
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio. "Sapo, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?" e o sapo respondeu:
- Nao! Vc vai me picar eu vou morrer.
- Veja bem me sapo, Se eu te picar tambem morrerei afogado, pois nao sei nadar.
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou:
- Por quê? Por quê? Por que meu Deus???? (sapo dramatico)
E o escorpião respondeu: Nao posso ir contra a minha natureza
Musicando...
Certa vez, um escorpião, que tradicionalmente ouvia choro de improvisos jazzisticos, um lance Pixinguinha e Altamiro carrilho em minis de 48 rotacoes, mas que ultimamente vinha revisitando o “Samba jazz” de Stan Getz caminho que, acreditava, Cazuza acabaria fatalmente se enveredando, aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio, ouvindo o terceiro e ultimo album dos Strokes, First Impressions of the Earth e diga-se de passagem, nao gostando nem um pouco.
"Sapo, você que meteu o pau no Yamandu Costa, caracterizando o “virtuso ataque flamenco” como “punicao ao instrumento e aos ouvidos” e que chamou bandas politicamente engajadas como U2 e, mas recentemete Green day, de “faz-me-rir da decada” poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
e o sapo, que agora procurava na mochila o ultimo do Chico, que reconhecia ser influente, mas nao tanto quanto o tio Aurelio, respondeu:
- Nao! Vc vai me picar eu morrerei
- Veja bem sapo, Se eu te picar tambem morrerei afogado, pois nao sei nadar
Confiando na lógica do escorpião, o sapo, que preferia Don Mclean a James Taylor, Patches a Marvin, Ella a Elis e achava que o ultimo album dos Los Hermanos era bom, mas nada batia a profundidade de “Ana Julia”, concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio e escutava Blitz, com Lobao na bateria e Fernanda Abreu de backing (de onde achava que ela nunca deveria te saido..). No meio do rio, enquanto o sapo concluia que ColdPlay era mais uma descricao que um nome, que Nirvana tinha zero influencia de Velvet Underground e que Ringo star era o maior “free rider” da historia da musica, o escorpião alucinado pelo drum & bass de Spiralhead....cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo interrempeu o solo do Freak Out (Frank Zappa 1966), e ja visualizando o rei (Elvis, nao o Roberto) voltou-se para o escorpião e perguntou:
- Por quê? Por quê? Por que meu Deus???? (sapo dramatico) E o escorpião respondeu:
- Foi a musica, eu acho...ou..Nao posso ir contra a minha natureza.
Certa vez, um escorpião aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio. "Sapo, você poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?" e o sapo respondeu:
- Nao! Vc vai me picar eu vou morrer.
- Veja bem me sapo, Se eu te picar tambem morrerei afogado, pois nao sei nadar.
Confiando na lógica do escorpião, o sapo concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio. No meio do rio, o escorpião cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo voltou-se para o escorpião e perguntou:
- Por quê? Por quê? Por que meu Deus???? (sapo dramatico)
E o escorpião respondeu: Nao posso ir contra a minha natureza
Musicando...
Certa vez, um escorpião, que tradicionalmente ouvia choro de improvisos jazzisticos, um lance Pixinguinha e Altamiro carrilho em minis de 48 rotacoes, mas que ultimamente vinha revisitando o “Samba jazz” de Stan Getz caminho que, acreditava, Cazuza acabaria fatalmente se enveredando, aproximou-se de um sapo que estava na beira de um rio, ouvindo o terceiro e ultimo album dos Strokes, First Impressions of the Earth e diga-se de passagem, nao gostando nem um pouco.
"Sapo, você que meteu o pau no Yamandu Costa, caracterizando o “virtuso ataque flamenco” como “punicao ao instrumento e aos ouvidos” e que chamou bandas politicamente engajadas como U2 e, mas recentemete Green day, de “faz-me-rir da decada” poderia me carregar até a outra margem deste rio tão largo?"
e o sapo, que agora procurava na mochila o ultimo do Chico, que reconhecia ser influente, mas nao tanto quanto o tio Aurelio, respondeu:
- Nao! Vc vai me picar eu morrerei
- Veja bem sapo, Se eu te picar tambem morrerei afogado, pois nao sei nadar
Confiando na lógica do escorpião, o sapo, que preferia Don Mclean a James Taylor, Patches a Marvin, Ella a Elis e achava que o ultimo album dos Los Hermanos era bom, mas nada batia a profundidade de “Ana Julia”, concordou e levou o escorpião nas costas, enquanto nadava para atravessar o rio e escutava Blitz, com Lobao na bateria e Fernanda Abreu de backing (de onde achava que ela nunca deveria te saido..). No meio do rio, enquanto o sapo concluia que ColdPlay era mais uma descricao que um nome, que Nirvana tinha zero influencia de Velvet Underground e que Ringo star era o maior “free rider” da historia da musica, o escorpião alucinado pelo drum & bass de Spiralhead....cravou seu ferrão no sapo. Atingido pelo veneno, e já começando a afundar, o sapo interrempeu o solo do Freak Out (Frank Zappa 1966), e ja visualizando o rei (Elvis, nao o Roberto) voltou-se para o escorpião e perguntou:
- Por quê? Por quê? Por que meu Deus???? (sapo dramatico) E o escorpião respondeu:
- Foi a musica, eu acho...ou..Nao posso ir contra a minha natureza.
5 Comments:
O melhor texto que li nos últimos anos! Estou impressionada. Pasma. Certa vez comentei com vc sobre minha mania de reler textos que aprecio. Este, certamente entrou pra minha lista: uma mistura de um humor fantástico com conhecimento musical, e um quê de sensibilidade.
Parabéns!
Hahahahaha
Muito bom!!!!
Escreve um pro blog?
Vou te colocar como convidado especial!!!!
Razzle dazzle Jazz!!
Puxa, obrigado pelos elogios. Certeza que vc fizerem vista grossa para todos os erros de portugues..
Obrigado
A língua é dinâmica, não suportaria prender-se a regras sem perder seu encanto. Não há erros, portanto.
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