Tuesday, July 25, 2006

Asia Trip: Fauna de Kathmandu

Tres tribos frequentam Kathmandu ao longo do ano (1) Junkies (2) Trackers (3) Voluntarios da Patria, ou melhor dizendo, de varias patrias diferentes. Os individuos (nao locais) que perambulam pelas ruas estreitas e brulhentas da capital Nepalesa sao facilmente identificaveis dentro destes 3 grupos.
Primeiro, os Junkies. Grupo de habitos noturnos, essa tribo dah vazao aos locais que ficam sussurrando “Hash ! Hash” em quase todas as esquinas da cidade. O traje eh manjado: Piercing, tattoos, roupas estilo bob-jamaica, cabelo estilo bob-jamaica, e um olhar meio besta, meio/completamente chapado, o que torna dificil, senao impossivel, manter comunicacao por mais de 2 minutos. No maximo ele sacode a cabeca quando ouve the Doors e vc faz o mesmo.


Trackers: Essa tribo visita o local entre Novembro e Abril, periodo mais propicio para as caminhadas/escaladas ao longo do Himalaia. Vestem roupas esportivas, tomam suco de qualquer coisa, comem barra de cereal e naturalmente, tem habitos quase que exclusivamente diurnos. "Turminha sem consciencia social" dizem os membros do grupo 3.

Grupo 3, os voluntarios da patria, ou de varias. Frequentam a regiao durante o ano todo, muito embora tem figurado como uma tribo menor, reflexo dos recentes acontecimentos socio-politicos na regiao. Tambem sao facilmente identificaveis. Os caras usam barba, vestem-se de camisetas Che Guevara/ Fidel. As meninas fazem um estilo neo-hippie com consciencia social, algo assim, entre Janis Joplin e Heloisa Helena. Membros dessa tribo podem ser encontrados nos diversos bares da cidade, tomando cerveja e compartilhando experiencias de voluntariado.

Fiz, durante 3 semanas, parte da terceira tribo. Seguindo o protocolo deixei a barba mas camiseta do Che achei meio demais (mas admito, escondi meu passado banco de investimento/capitalist pig. Confesso que tive orgulho de fazer parte dessa tribo “Are you a volunteer as well? Yes!!; “Where is your placement?” Dulikhel. Por mais que comer arroz com a mao (direita), nao chao, andar horas sob um sol senegalesco e dormir com mais de trezentos tipos de insetos diferentes tenham sido algumas das experiencias duras de ser um voluntario, ao final tudo valeu a pena.

Ajustando de leve o sonho de Zwi Mazel em “O Violinista no telhado, essas 3 semanas ficam assim: “All we can say is that it was all for the best, and it couldn't possibly be any better. Amen”

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Tesão cara, tesão demais !!

Só de ler o texto dá vontade de ter ido tb.

Precisamos planejar a próxima.
Se cuida aí,

6:46 PM  
Anonymous Anonymous said...

Fala Brother.

Fica a dúvida, agora que vc voltou a ser ambidestro... Ficas com receio de utilizar a mão "marcada" ?

Saudades.

Abratz
Negão

11:04 AM  
Blogger A. Lisboa said...

Quem te viu, quem te vê.
Muito bonito o que você disse, fico orgulhosa...
Beijinhos.

8:38 AM  

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